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O silêncio é uma elegante forma de feedback negativo?

Há muita literatura sobre o que é e o que não é feedback e é inegável a sua importância no processo de desenvolvimento de pessoas e empresas.

Mas neste breve artigo, convido que você reflita comigo se a falta de feedback é ou não uma forma de feedback negativo e, neste caso, quais seriam seus impactos nos relacionamentos em geral.

O mundo realmente mudou e continuará mudando. Antes nos comunicávamos mais presencialmente, através de telefones fixos, cartas, telegramas ou fax. Época em que selecionávamos melhor as pessoas e as horas mais apropriadas para abordagens, perguntas ou pedidos.

Agora, com inúmeras plataformas de comunicação disponíveis (Whatsapp, Instagram, Linkedin, Twiter, Messenger, Facebook etc), inteligências artificiais e robôs, o processo de feedback já vem sendo executado por máquinas capazes de atender o grande volume de informações que circulam a cada segundo na palma de nossas mãos.

Estamos assim, mais exigentes, impacientes e ansiosos por respostas rápidas e nos incomodando se alguém demora 2 horas para responder uma mensagem no celular ou 1 dia para responder um e-mail.

Por outro lado, há pessoas que recebem um grande volume de solicitações e, sem secretárias, simplesmente, ou não leram a mensagem de determinada plataforma que acabou se perdendo no meio de tantas outras, ou simplesmente priorizaram aquelas que julgaram importantes para responderem. Mas será que ignorar as demais mensagens e não fornecer o tão esperado feedback já é, por si só, um feedback negativo?

Nesta perspectiva, provoco o meu pensamento no exercício de entender outros motivos que podem levar uma pessoa a acreditar nisso; seja no trabalho, nas relações comerciais, em processos de recrutamento e seleção, em família, entre amigos, socialmente ou mesmo na rotina do dia a dia; e chego a algumas conclusões:

1) Pode faltar habilidade em dizer “não”.

2) Numa “relação de poder”, a pessoa não percebe vantagens e acha que perderá tempo.

3) Ainda numa “relação de poder”, a pessoa não tem interesse em desenvolver o outro.

4) A pessoa acha que é absolutamente normal não dar feedback e que o outro deve também achar.

5) Pode se achar muito importante e intocável, ainda que não seja.

6) Por não dar importância ao tema, simplesmente ignoram a mensagem.

7) A pessoa prefere evitar eventual conflito, indagações ou reclamações.

Este é um tema complexo e que sugere aprofundamentos, mas o fato é que devemos sempre “pesar o razoável” antes de conclusões precipitadas sobre como estamos sendo tratados em nossos relacionamentos.

Se você ainda não recebeu o feedback esperado, entenda e siga em frente. Aliás, este seria um bom tema para um outro artigo.

Mas se você não consegue responder todas as mensagens que recebe, sugiro que peça ajuda a alguém na preparação e envio destes feedbacks, mesmo se forem em seu nome ou que demorem um pouco.

Feedback, positivo ou não, é vital no processo de comunicação; é sinônimo de respeito, educação, atenção e pode contribuir muito na sua vida ou na vida daqueles que você quer bem. Ele aproxima, encanta e desenvolve pessoas. Se você também pensa assim, esparrame feedback.

Eu experimento isso todos os dias.

Robson Castro

 

Fonte: AGNIS

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